terça-feira, 7 de dezembro de 2010

MINI CURSO DE RX INDUSTRIAL



A CEPRAMED  vem trazendo para os estudantes e profissionais da área de radiologia o MINI-CURSO DE RX INDUSTRIAL.
Que tem como objetivo principal ilustrar a mente dessas pessoas para alcançar êxito em suas escolhas profissionais.

sábado, 3 de julho de 2010

HERPES LABIAL E GENITAL

A família dos Herpesvírus humano é composta por 8 subtipos:

- HHV 1 e HHV 2 - Vírus Herpes Simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2) , causadores do que vulgarmente se chama de herpes.
- HHV 3 - Vírus da varicela Zoster, causador da varicela (catapora) e do Herpes Zoster
- HHV 4 - Vírus Epstein-Barr
- HHV 5 - Citomegalovírus, também causador de síndrome de mononucleose e comum agente infeccioso em imunodeprimidos
- HHV 6 e 7 - Roseolovírus, causador do exantema súbito, muito comum em crianças
- HHV 8 - Vírus associado ao Sarcoma de Kaposi, câncer que ocorre em portadores de SIDA (AIDS)
Este texto focará nos Vírus Herpes simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2)

O HSV-1 costuma causar o herpes labial, enquanto que o HSV-2 é, em geral, responsável pelo herpes genital. Digo em geral porque como a prática de sexo oral é muito comum, não é raro encontrarmos lesões orais pelo Herpes vírus 2 e lesões genitais pelo herpes vírus 1.

1 em cada 5 adultos é portador do HSV-2 e mais da metade da população tem o HSV-1. Porém, muitos portadores não apresentam sintomas.

A infecção pelo Herpes simples é recorrente, ela vai e volta espontaneamente. Isto ocorre porque o vírus "se escondem" dentro das células do sistema nervoso impedindo com que as defesas do organismo consigam eliminá-las completamente. Quem tem Herpes, o terá pelo resto da vida.

De tempos em tempos o vírus volta a se manifestar, normalmente em períodos de queda do sistema imune. Alguns fatos predisponentes são conhecidos, como exposição solar intensa, estresse emocional, menstruação, traumas etc... A frequência das recorrências é individual.

Sintomas do herpes

Herpes genitalHerpes labialA primeira aparição costuma ser a mais sintomática, pois neste momento ainda não temos anticorpos formados. Em geral, o quadro é de múltiplas vesículas (pequenas bolhas) agrupadas com áreas de inflamação na base e ao redor. As lesões são muito dolorosas e podem vir acompanhadas de mal estar, linfonodos (gânglios) aumentados e febre.

Herpes genitalAs recorrências costumam ser menos sintomáticas e mais curtas. Normalmente apresentam sintomas que "avisam" sobre o retorno das lesões. Dor, formigamento ou prurido (comichão) local costumam aparecer algumas horas antes das vesículas.

As vesículas podem romper-se e formar pequenas ulcerações, que lembram aftas.

O HSV-1 e o HSV-2 tem predileção pela mucosa oral e genital, respectivamente. Porém, podem causar lesão em outras partes do corpo como na pele, olhos, meningite, encefalite (infecção do encéfalo), hepatite, pneumonia e esofagite (infecção do esôfago).

Herpes genitalEssas infecções mais graves costumam ocorrer em doente com imunossupressão como na SIDA (AIDS) e nos transplantados.

Transmissão do herpes

A transmissão do herpes ocorre por contato íntimo com a área infectada. O Herpes vírus é muito contagioso e período de maior risco de transmissão é durante as crises e os 2 dias que antecedem a crise, podendo também ocorrer mesmo quando não há lesões aparentes. Alguns pacientes secretam o vírus mesmo fora das crises, podendo transmiti-lo a qualquer momento, principalmente no HSV-2.

O vírus é encontrado nas lesões, na saliva, no sêmen e nas secreções vaginais. A transmissão por objetos como copos e talheres pode ocorrer, mas é menos comum, uma vez que o vírus sobrevive poucas horas fora de um organismo vivo. O período de incubação após a exposição é de 4 dias em média.

O Herpes simples genital é uma DST (doença sexualmente transmissível). Durante a fase ativa deve-se evitar atividade sexual, pois mesmo com camisinha há risco de contaminação.

O HSV-1 é normalmente adquirido durante a infância enquanto que o HSV-2 na vida adulta.

Tratamento do herpes

O tratamento com antivirais, como o aciclovir, serve pra reduzir o tempo de doença. Quanto mais precocemente forem iniciados , melhor a resposta. No herpes labial pode-se usar pomadas e no genital comprimidos. Mais uma vez, não há cura para a doença. Também ainda não existe vacina eficaz contra o herpes vírus.

O tratamento está realmente indicado nas lesões primárias e nos doentes imunossuprimidos. Nos outros casos, o tratamento não altera muito o curso da crise.


Outras lesões que não são herpes

Outros 2 tipos de lesões genitais têm causado algum tipo de confusão com o Herpes. Ambas são assintomáticas e podem acometer genitália e boca.

A primeira são as manchas de Fordyce, uma espécie de glândulas sebáceas. Não indicam qualquer tipo de doença.

Fordyce

A outra lesão são as pápulas peroladas. Também não indicam nenhuma patologia e pode acometer homens e mulheres.


ALGUNS MITOS DA SAÚDE I

TOMAR SORVETE (GELADO) PIORA A GRIPE OU RESFRIADO

Não é verdade. Se você estiver com a garganta inflamada, pode até piorar a dor, mas piorar a doença, isso não piora.

MASTURBAÇÃO CAUSA ACNE

Masturbação não causa acne, assim como não causa ginecomastia masculina (seios nos homens), não faz crescer pêlos nas mãos, não causa cegueira, não faz aumentar o pênis e não vicia.

Masturbação é algo natural e saudável.

RASPAR O CABELO FAZ COM QUE ELE CRESÇA MAIS GROSSO E ESCURO

Apesar de ser uma teoria famosa, as evidências mostram que ela não passa de mito. Primeiro porque ao raspar o cabelo, não se atinge a raiz do mesmo, e portanto, não faz diferença raspar ou cortar com tesoura.

Alguns fatos favorecem esta confusão.

Primeiro, a barba de um adulto é mais encorpada que do adolescente por fatores hormonais. Como o homem começa a se barbear na adolescência o senso comum sugere que esta engrossou pelas sucessivas raspagens.

Segundo, conforme o pêlo cresce, ele fica mais fino nas pontas e ao raspá-lo, ficamos com a impressão de tê-lo engrossado.

Terceiro, o pêlo conforme cresce, é mais exposto a luz solar e a substâncias químicas que o fazem ficar mais claro. Quando raspamos, deixamos apenas a pequena parte mais escura que ainda não teve tempo de se descorar.

GASES INTESTINAIS: O que é o pum ? O que é o arroto?

Vamos falar de um problema que com certeza já afligiu todo mundo em algum momento da vida: excesso de gases intestinais.

Não adianta fazer cara de nojo. Eliminar flatos (pum) e arrotos, às vezes muito mal cheirosos, acontece com todo mundo, do seu cãozinho até a rainha da Inglaterra. Então vamos deixar de preconceitos para descobrir o porquê disso acontecer.

O ser humano elimina diariamente até 1,5 litros de gases pelo ânus em uma frequência de 10 a 20 flatos por dia. Boa parte deles pode passar despercebida.

Os gases do sistema gastrointestinal são compostos basicamente por 5 elementos: Nitrogênio (N2), Oxigênio (O2), Dióxido de carbono ( CO2), Hidrogênio (H2) e Metano (CH4). Os 5 juntos somam 99% dos elementos.

E qual deles é o responsável pelo mal cheiro? Nenhum, são todos basicamente inodoros. A culpa também não é das fezes. O que causa mal cheiro é o 1% restante de gases compostos principalmente por enxofre. O principal é o ácido sulfídrico (sulfeto de hidrogênio). Isso explica porque nem todos os puns tem cheiro ruim.

Então, de onde vem os gases? Eles são basicamente produzidos pelas bilhões de bactérias que vivem no nosso trato digestivo e participam do processo de digestão. O gases são produzidos principalmente após metabolização de carboidratos, gorduras e proteínas.

Alguns tipos de carboidratos são mais difíceis de serem digeridos no intestino delgado e por isso chegam em grande quantidade ao cólon, onde serão metabolizados pelas bactérias. Os principais são os oligossacarídeos.

Os alimentos que mais causam gases são:

- feijão
- ovos
- cerveja (escura)
- leite
- batata
- milho
- farelo de trigo
- brócolis
- aspargos
- alho
- repolho
- bebidas gaseificadas
- couve-flor
- cebolas
- refrigerantes

Na grande maioria dos casos, o excesso de gases não indica nenhuma doença, não importando se tem ou não odor forte. Os sinais de gravidade estão na presença de outros sintomas associados como perda de peso, anorexia, anemia, sangramentos e diarreia crônica.

Falta de exercício físico, constipação intestinal, intolerância a lactose (um carboidrato presente no leite) e alteração da flora bacteriana normal por uso prévio de antibióticos também podem causar aumento da produção de gases. Sexo anal ( passivo) é outra causa.

O enxofre que causa o odor desagradável normalmente é produzido após ingestão de proteínas. A carne de porco costuma causar flatos com cheiro forte.

Ansiedade pode acelerar o transito intestinal, levando mais alimentos mal digeridos ao cólon e fornecendo mais substrato para as bactérias colônicas.

Existem pastilhas de carvão ativado, a venda em farmácias que ajudam a neutralizar os gases intestinais. ATENÇÃO: Se você toma medicamentos regularmente, o carvão ativado pode inativá-los, sendo contra-indicado nesses casos.

O mais importante é equilibrar a dieta, praticar exercícios e reduzir o estresse. Uma dica em relação ao feijão é deixá-lo de molho durante a noite e trocar a água antes de cozinhá-lo. É importante a identificação dos alimentos que causam gases. O que pode ser ruim para mim, pode ser para você.

No caso dos arrotos (eructações) a principal causa é o ar engolido durante as refeições. Quanto mais rápido se come, maior é a quantidade de ar deglutido. Engolir saliva, fumar, mastigar chicletes (pastilha elástica para os outros lusófonos) e falar enquanto come, também causa deglutição de ar. Obviamente bebidas gasosas aumentam as eructações.

Pessoas ansiosas, principalmente durante crises apresentam deglutição de grande quantidade de ar, chamado de aerofagia, que causa desconforto abdominal por distensão do estômago, que por sua vez, leva a mais ansiedade.

Comentário sobre radioterapia

O emprego das radiações ionizantes em Radioterapia visa à destruição de células indesejáveis, mas comumente células tumorais, que, por algum motivo, aparecem no organismo e aí começam a multiplicar-se.
Se as células tumorais ou as células que queremos destruir estivessem completamente isoladas no organismo, de tal maneira que, ao irradiá-las, não houvesse risco de que as radiações atingissem outros tecidos que queremos conservar, as técnicas radioterápicas seriam extremamente simples.
Entretanto, isto não acontece. As células tumorais estão sempre cercadas ou completamente envoltas por tecidos sadios, que não podem ser lesados, pois, isto trará conseqüências nocivas ao organismo, podendo levar o paciente que está em tratamento inclusive à morte. Freqüentemente, as células tumorais se infiltram nos tecidos sadios, o que agrava o problema de destrui-las. Em alguns casos, as células tumorais se espalham pelo organismo através da corrente sangüínea e dos condutos linfáticos, constituindo as chamadas metástases à distância, o que muitas vezes torna o tratamento radioterápico totalmente ineficaz, quando mal indicado.
Outra dificuldade é que cada tipo de célula tumoral reage de forma diferente à radiação.
Enquanto, certos tipos de tumores são muitos sensíveis à radioterapia, outros, para que fossem destruídos pelas radiações, teriam que receber doses tão elevadas que, certamente, levariam à destruição dos tecidos normais circunvizinhos ao tumor, o que provocaria seqüelas ao paciente.
Através da utilização de técnicas radioterápicas adequadas procura-se contornar ou mesmo eliminar estes problemas. Para que se possa compreender o funcionamento do serviço de radioterapia e a diversidade de equipamento nele empregado, é necessário que se tenha noções dessas técnicas.

COLIMADOR E GRADE




COLIMADOR
As placas do colimador se usam para limitar os feixes dos raios X ao tamanho do cassete introduzido, campo selecionado, ou ao tamanho do objeto que se examina.
Para reduzir a radiação secundária as placas do diafragma se usam para proteger a “chapa” contra o enegrecimento oriundo desta radiação. Estas placas do diafragma, feitas de chumbo, são ajustadas para a largura e ou para a altura.
Para melhor entender o funcionamento desta peça, como redutor para a radiação secundária, basta lembrar de como ela é formada e que o chumbo é um excelente material para absorção de raios X, inclusive e principalmente neste caso para a radiação secundária.
GRADE ANTI-DIFUSORA
Quando a radiação (raios X) atinge o objeto de interesse, gera provavelmente, a radiação secundária. Usamos então um dispositivo para “filtrar” esta radiação ou minimiza-la, para que esta não influencie na imagem final na chapa radiográfica.
Princípio de funcionamento: Conforme citado, do paciente para o filme também vão as indesejáveis radiações secundárias, estas de menor intensidade, “bate” nas placas plumbíferas formadoras da grade sendo então absorvidas por esta. A mecânica do funcionamento é, para a grade com movimento, quando no disparo a grade precedo os raois X se movimentando até atingir seu pico de velocidade que coincide com o “aparecimento” dos raios X e a partir daí começa a desacelerar até a sua parada. E assim com esta oscilação, filtra-se, minimizando os efeitos da radiação secundária no filme.
Obs.1: Se a distância do foco não estiver devidamente ajustada para o tipo de grade, teremos uma absorção até da radiação principal.
Obs.2: Se por algum motivo a grade não se movimentar a radiação principal também será filtrada nas áreas onde as placas estão localizadas gerando “sombras” na imagem.

Proteção Radiológica





O estande do curso superior de tecnologia em Radiologia na Semana de Ciência e Tecnologia do IF-SC procura alertar a comunidade para a importância da proteção radiológica, feita durante os exames, por meio de do uso de coletes – e outros protetores – de chumbo. “Esse material evita que a radiação atinja as células, podendo ocasionar danos ao organismo”, explica a professora Julia Mohr.
A proteção radiológica deve ser oferecida em todas as clínicas durante os exames. “Cabe ao paciente saber dos seus direitos, e exigir a proteção”, comenta Júlia. Além disso, os visitantes do estande obtém informações detalhadas sobre o que faz o profissional da Radiologia, quais as áreas estudadas durante o curso, as especialidades e onde os profissionais podem atuar. “Podemos divulgar a instiuição, o curso, e mostrar a diversidade de oportunidades que o IF-SC oferece para a comunidade”.

Técnico de radiologia X Tecnólogo de radiologia

 
 Sempre que estou iniciando uma nova turma a primeira pergunta que me fazem é: - Professor, qual a diferença do Curso técnico em radiologia para o tecnólogo?  Por isso, pesquisei e agora está aí postado as diferenças na atuação profissional segundo as coordenações de ambos os cursos.


Curso técnico em radiologia
 
Há quem tenha dúvidas sobre as diferenças entre o curso superior de tecnologia em radiologia e o curso técnico na mesma área, quem tem duração de 1.200 horas. Segundo Barros, o curso técnico oferece uma formação voltada ao âmbito operacional, ou seja, à organização de ambientes e sua preparação para a realização de exames como mamografia, tomografia computadorizada, densitometria óssea, ressonância magnética nuclear e ultra-sonografia.

“O curso de nível superior permite que o aluno tenha uma formação voltada para as mudanças tecnológicas, que são constantes neste meio. O tecnólogo pode trabalhar com gestão, apoio no diagnóstico de exames e tem uma atuação maior no ponto de vista científico”, afirma o coordenador.

Na formação de um técnico são abordados temas como biossegurança, física das radiações, anatomia e fisiologia, além de geração e aplicação de raios X. As principais áreas de atuação para técnicos são serviços de radiologia e diagnóstico por imagem em hospitais, clínicas e unidades básicas de saúde.

Curso tecnólogo em radiologia

Ao final de sua formação, de acordo com Caroline de Medeiros, coordenadora do curso de tecnologia em radiologia da Cefet-SC, o tecnólogo terá conhecimentos técnicos e científicos para atuar no gerenciamento, pesquisa e apoio a exames. Entre as funções que pode realizar estão:

- prestar assistência às necessidades dos pacientes submetidos a exames de diagnósticos por imagens;
- realizar exames de tomografia computadorizada, radiologia convencional e odontológica, ressonância magnética, densitometria óssea e mamografia;
- processar filmes radiográficos em tomografia computadorizada, radiologia convencional, odontológica e mamografia;
- executar procedimentos específicos no âmbito da medicina nuclear;
- realizar procedimentos de aplicação das radiações na radioterapia;
- gerenciar o processo de trabalho em todas as especialidades da radiologia e diagnóstico por imagem;
- auxiliar nas atividades de supervisão e radioproteção;
- desenvolver e executar o gerenciamento de resíduos hospitalares;
- desenvolver pesquisa científica e tecnológica no âmbito da radiologia.